E
naquele momento ela não queria, com mais ninguém, dançar. Já havia encontrado
seu par. Queria dele uma prosa, breve ou vagarosa, uma rosa, ou um roseiral. E
que ele se declarasse de forma especial. Naquele instante ele era cor, e ela
amor. Ela era flor e ele ardor. Ela era mel e ele céu, com todo seu mistério. Ele
era gostar e ela era mar e o mar olhava para o céu. Enquanto preenchia aquele
papel, ela era também delicadeza e romance. Ele era canção e ela coração. Ela clareza
e ele incerteza. Ela queria com ele um jantar, ao luar ou na sala de estar. A luz
de velas, ao lado de aquarelas. Ela era felicidade, satisfação e contentamento.
Ele era vento, água e Sol. Ela sustenido, ele bemol. E os dois formavam um par
de elementos distintos a combinar naquela noite, naquele música, naquele baile.
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