quinta-feira, 6 de junho de 2013

A casa.


E era o muro, o preconceito. O avião, a gaiola e o conceito.
E era o chão, a segurança. As cartas, o passado, a lembrança.
E eram as portas, os laços, a novidade. Tranqüila, amena, realidade.
E era a parede, o relógio. E a vontade de congelar o tempo. 
E era a cozinha, geladeira e congelados.
E era a fome e a vontade que não passa, continuam os congelados.
E a vontade de receber um pão quentinho.
E era a sala e toda a casa. O lar em sua complexidade. Com seus muros, construções, portas e cômodos. Com a família abrigada. Os pais, os filhos ou a solidão. Com os amores, retratos, fotos e painéis. Com as cartas, telefonemas e anéis.
E, além da casa, a montanha. Fazenda, teia, aranha.
E, além da casa, a praia. O verão, o sol, a arraia.
E, além da casa, o clima. E o clima da casa.
E, além da casa, a vida. A rua, a estrada, a avenida.
O caminho e toda a caminhada. Da vida. Para a casa. Da casa. Para a vida.




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