
"[...] e, sob um ímpeto irresistível, expusera seus sentimentos em um pedaço de papel [...]". Em um bloco de notas, em uma máquina de escrever alemã ou diretamente nas ferramentas modernoLógicas do tal do computador.
terça-feira, 29 de setembro de 2015
AmArte: o amor como escolha

domingo, 13 de setembro de 2015
Nada mais justo
Certo dia, ela lera que “escrever
é mais barato que tomar remédio”, pois amém! Nada mais justo que sua vontade de não descongelar congelados alheios, alimentar a alma de palavras, fazer delas um
recanto de sentimentos presentes. Naquele dia, a alma dela se silenciara,
inundada de palavras mudas e absurdas, mas que faziam cada vez mais sentido e um
certo abrigo para não receber as entrelinhas de outra história qualquer, mas
daquela escolhida.
Certo dia, ela sentira que não
somente o sono aliviava as dores do coração, mas o canto, a dança, um encontro
consigo própria e todo o encanto do cotidiano, da rotina. Sim, até com a rotina
aprendera a importância do acaso, da imprevisibilidade, de algo que confronta o
óbvio e conforta a monotonia de uma terça-feira modorrenta ou até de um domingo
insosso. Nada mais justo do que uma sexta-feira ou do que um sábado, daqueles
que todo mundo espera alguma coisa à noite. Nada mais justo do que dançar a
noite toda. Nada mais justo do que amigos em casa e jogos de tabuleiro. Nada
mais justo do que a música e o instrumento da preferência de cada um. Nada mais
justo do que toda uma orquestra a tocar por aí ou em uma película, com ou sem
tradução.
Nada mais justo do que o
conforto, do que a cama, a calma, a acolhida, o abrigo, do que não olhar
somente o próprio umbigo. Nada mais justo do que reconhecer que nem sempre a
justiça opera, pelo contrário. Nada mais justo do que alimentar a si e ao
outro, do que recriar a alma em palavras, blocos de parágrafos, escritos,
espaços, espelhos, notas. Alimentar o que há de belo entre os homens, seja
silêncio ou som, seja a escolha entre isto ou aquilo. Seja perder algo para
ganhar além. Seja alimenta-se da pureza de uma criança, seja amor, alma,
comida, contos, canções ou trechos. Nada mais justo do que um vinil e um vinho.
Um amigo e um livro. Uma caixa ou além, um punhadão de memórias. Nada mais
justo do que embriagar-se com Billy Idol “dancing with myself”; nada mais justo
que escutar Oasis, um “live forever” que se desconhece, mas que é eterno
enquanto dura. Nada mais justo que cantar Marisa no chuveiro, ou Tribalistas, e
fazer da rotina do banho algo além. Nada mais justo que apreciar, inclusive, a
tal da rotina, com música ou com muita, muita mesmo.
Certo dia, ela lera, relera,
relatara, sentira, atentando-se para o mais simples do que há em cada gesto e
sinal da natureza. Certo dia, ela escolhera escolher. Dia após dia, hora após
hora e a cada segundo, como se não fosse quase, nem tanto, nem tão pouco, nem
tão muito, mas o suficiente para si. Naquele exato dia, ela descobrira um mundo
novo, que desvendaria aos poucos. Porque nada mais justo do que o que sentia.
Porque a justiça nem sempre ultrapassa ideias ou papéis. Porque “justo” tem
cinco letras e sentidos diferentes. Porque “justo” nem tem sempre tanta
igualdade, pelo contrário. Porque, apesar de tudo isso, a justiça tem um quê de
bela para cada um, ela só precisa ser feita. E, justiça seja feita, não ocorre
sem um punhado de amor nos corações.
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
SorVerter
Só
Verter
Sorvete
De morango
Derreter
Canela, maça e alma.
Ter e ReTer
A calma.
Alma Adocicada Aprecia Amar.
Transborda
Sorvete, até de limão.
Sorveter
Converter
Sonhos e goiabada;
Goiabada, amor e dança;
Paçoca, piano, lembrança;
Pipoca, Guaraná, infância.
Distrair-se com Cora, Clara e Coração;
Dividir-se em botão e teclas;
Divertir-se...
Aqui e agora.Ps.: "Já que eu não te tenho por perto eu vou tomar um sorvete". <3
Assinar:
Postagens (Atom)