Um peixinho era sonhador
E sonhava muito e tão parecido comigo
Era que acabou sonhando muito meu próprio sonho.
Por excesso de compatibilidade.
O outro nao me permitia sonhar
Como eu queria. Permaneceu, pois,
Em outra companhia; em outro aquário...
Não no meu mar; nao no meu lar.
Por falta de compatibilidade, o excesso da falta.
E de excesso em excesso os peixes vão nadando.
Nos mares, com suas barbatanas, com suas escamas.
Seguindo diversas direções pelo equilíbrio de seus movimentos lentos
Seguindo canções marítmas; Ritmos, harmonias e melodias diversas.
E tentando EquilibrAr As notAs.
Filhos de peixe... são.
Nós, os humanos,
Que não somos Peixinhos de Drummond
Que não saímos de sua lira
Que não somos passarinhos de Quintana
Que somos um pouquinho de toda a natureza
Vivemos a equilibrar passarinhos e excessos humanos,
Inclusive os nossos,
Inclusive excessos e desejos.
Além de cada limão atirado na água da lira,
EquilibrAMAMos a vida;
Equilibra-mo-nos ao amar a vida tentando fazer, do limão atirado, uma deliciosa limonada; Como bêbado e equilibrista, como a arte expressa toda sua diversidade; Como a ciência. Como a voz da Elis. Como receitas que utilizamos, aos quais cada peixe responde de forma singular, com variedade enorme de formas.
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