domingo, 2 de julho de 2017

Pai, eu vi uma libélula: yes, I did... I saw a Dragon-fly.




Pai, eu vi uma libélula no Espelho, outro dia! Ela era linda, como a do livro que me deu de Natal. A li(nda) libélula batia as asas lá, ao lado das panelas e dos panos, ao redor das árvores, dentro de casa, tentando ver o mundo exterior, para além do visível. 







Como o pé-direito é alto, naturalmente, teve dificuldade de sair, mas estava lá, persistente, tentando apreciar a beleza que existe naquele nosso pedacinho de Céu, onde o canto das cigarras prevalece entre bastante silêncio e poucos sons, todos agradáveis, diversos das buzinas da cidade. 



Observei por alguns minutos o bater de asas dela, enquanto as nuvens se moviam, devagarzinho, naquele céu azul-bebê, azulzinho, tão belo em contraste com o roxo-amarelo das quaresmeiras que floresceram nos tempos pós-Carnaval. Ah, também ganhei duas pencas de banana do Marcão e comprei pão do Barrigão para vocês. 
No mais, não vejo a hora de voltar ao Espelho, talvez no seu aniversário, talvez no final de semana anterior. Porque faz bem à alma e lá, a cada reencontro comigo mesma no Espelho, redescubro sempre o que importa, no fundo da ópera, na parte não-vista de cada iceberg que já passou, passa ou passará por nossas vidas: o invisível cheiro de terra molhada pós-chuva, o visível roxo-verde-azul-branco e outros tantos que percebemos e sentimos e admiramos e valorizamos: nariz, olfato, tato, boca, caneca, caneta, canela, paladar. E o amor que deixamos no universo, além daquele que aceitamos receber, sem tanto receio do precipício.










Ps.: "And in the end the Love you take is equal to the love you make".

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pela contribuição!