quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

De aulas de inglês, arte, aromas, sentidos e de toda a poesia cotidiana


In(censo)

Con(senso)

Com censo ou sem censo?
Com senso ou sem sentido (aparente)?

(Con)sentir e Com sentir, por gentileza.

Destino, sim, eu assino

Em

baixo

da

arte.


Assinado: eu, Clarissa. 

















Desejamos, desde já, um belo 2017 a todos, com estudos, incensos, corações rosas, músicas, direito, engenharia, (amar)ula, danças, Telegrama, Zeca e outros tantos.












Ps.: Porque essa história de poesia e de tudo nela contido (arte, aromas e outros tantos) ainda nos levará além. Ao som  de Conversa de Botequim, na voz da Maria Rita.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Nota (natalina) sobre elas


Literal como tal, uma delas precisava aprender a ler o silêncio (ainda), a ler nas entrelinhas a beleza do não dito. A outra delas, Clarissa, precisava aprender a desabençoar o excesso e a não transbord(ar).
Observe o copo d'agua, Clarissa! 


A outra delas estava hospedada numa casa em mudança, dançava ao som de bandolins, gostava de valsa e de outros tantos, encontrava-se com suas crianças internas, esperava dos espelhos nem tanto nem tão pouco, aceitava a primavera, a prima Vera, o verão, o outono, o inverno, o inverso, o verso, as versões diferentes, as inversões, o passar das estações, o invertido, o repetido e o inédito, inclusive. Porque quando o CD acaba, é necessário o silêncio (ou a falta de som em letras e blocos de notas) ou a troca das músicas.


E ela, agora, acabava-se de lágrimas. De salgado, agora, só as comidas natalitas. De Salgado, só o Sebastião, o gosto das próprias lágrimas, a água do mar, o rebrotar das flores (mesmo que a primavera tivesse findado com o nascer do verão). Porque o CD acabara e ela, agora, queria era se acabar de dançar e pôr a mão na massa, como pudesse, por um mundo que considerasse melhor. Porque dissera um grande querido que um bom parâmetro de felicidade é quando se chora mais de alegria do que de tristeza e ela acreditava em ambos, alegria e tristeza, como complementares. Além disso, tinha fé nos idosos, nas crianças, nos adultos, nos jovens, nos artistas, nos professores, nos pianistas, nos bailarinos, nos passarinhos, na energia e no sistema (solar), no luar, em cada lugar, no mistério dos planetas, nos recadinhos natalinos, nas festividades, no harmônico, na gratidão, na admiração, no conforto, no desconfortante conforto, nas pequenas mudanças, na simplicidade, na interdisciplinaridade e, por último, mas não menos importante, no canto.


Ao som de Logical Song: "There are times when all the world's asleep, the questions run too deep for such a simple man". Ps.: Um ingresso para um mundo melhor, por gentileza, que não se compra, mas se constrói.











sábado, 17 de dezembro de 2016

Não quero lhe falar meu grande amor: um dia a gente percebe e aprende...

Um dia a gente percebe (e aprende) que o passado fica no passado, por mais belo que seja, por mais belo ainda que seja no presente, quando o idealizamos maravilhosamente aquarelado. A gente percebe que, por mais que procuremos porquês em caixas, cartões, flores, fatos, receitas prontas, recitais, rimas, poemas, parágrafos, perfumes parecidos, profetas, poetas, pares, olhares, lugares e outros tantos, o que é nosso já está guardado, sobretudo em nosso coração. Um dia a gente percebe (e aprende) que, por mais bela que seja a nossa própria companhia e o conforto do nosso próprio coração, uma sessão de cinema solitária numa sexta-feira à noite nem sempre basta, mas sim o quarto de uma amiga, sobretudo com passarinhos e cobertas azuis nele, sobretudo com as duas, com as conversas, os relatos, os retratos que já têm juntas e os que ainda virão, as mesmas roupas que já não cabem mais, os mesmos olhos que já enxergam mais, visões diferentes das que tinham no passado e das que terão (muito provavelmente) no futuro e graças ao Deus de cada uma, mesmo que seja o mesmo e ainda que o cinema na sexta-feira e no sábado, em conjunto, agora ja sejam suficientes, pois há Neruda e Elis, em seguida, em cartaz.



Um dia a gente percebe (e aprende) que as pessoas que reclamam pela falta de amigos não o fazem à toa. Manter laços nem sempre é tão simples, mas necessário. Um dia a gente percebe (e aprende, e agradece, e deseja) que todos tenham sorte em relação às amizades de longa data, de alma, de fraternidade e de outros tantos. A gente percebe (e aprende) que não bastam as opiniões da mãe, do pai, dos irmãos, da avó, da titia, do papagaio, do cachorro, do gato se isso não tiver um filtro próprio amorosamente calibrado, para que a opinião alheia em excesso não anule a da própria pessoa. A gente percebe (e aprende), por vezes, que precisa se afastar de determinados amores, afetos, amoras, abraços e amizades para que floresçam ainda mais belos no futuro e que, se não florescerem, isso não é o fim, mas um indício de que o melhor foi o afastamento, então. Aprende-se que isso serve inclusive para a família, em determinados momentos, e que a espaçada distância não significa amor de menos, mas a manutenção de um respeitoso sentimento, ainda que contando com uma certa distância que preserve a saudade e que torne saudável um convívio mais próximo.



A gente toma chá, ri das próprias bobagens e de detalhes; a gente bate o martelo, primeiramente, sobre o fato de que nada pode rasgar um amor-próprio bem construído, de que o envelhecimento nem sempre caminha ao lado da sabedoria; de que nem todos aprendem com o passar dos anos a admirar as simples belezinhas da vida; de que, entre o livro e a sabedoria, a gente escolhe a segunda opção, por mais que ela possa vir da primeira, com frequencia. A gente deseja que todos evoluam e que amadureçam com sabedoria. A gente aceita o que não pode mudar (até a mudança não se tornar inviável e ser, de fato, viabilizada); a gente aprende a importância do silêncio, não porque outro alguém não quer conversa, mas porque a gente não quer. A gente aprende a dar satisfação a quem quer, quando quer e por querer.  A gente aprende que conselho é uma forma de nostalgia e até menciona isso ao dar conselho; a gente aprende a não largar tudo aquilo que nos faz bem e a afastar tudo aquilo que já não cabe no ritmo, nem no poema; a afastar tudo aquilo que não convém com o timig, afinal, quem somos nós para desconsiderar que o tempo tem o próprio tempo e que a música tem a própria dinâmica?


Por fim, a gente acredita em ideias das quais desacreditava por ainda não ter conhecimento suficiente (ou vice-versa; verso e vice); então, a gente bate o martelo (agora segundamente), e começa a aprender sobre a melhor forma de bater o martelo e de repensar, no presente, sobre (a importância d)o passado, ao mesmo tempo em que deixa o passado lá mesmo (entre reconsiderações presentes de/) para um futuro com tempo, espaço, espelho, escolha, local, imaginação ainda inéditos. Então, a gente agradece pelos frutos plantados, agradece por perceber que já começou a nadar, mas reconhece que ainda há muito pelo oceano a nadar. Reconhece que, mesmo que haja uma tampa para cada panela, às vezes é necessária a falta de tampa. Reconhece que não, não devemos subestimar a força de um novo aroma ou de uma amizade repaginada. Reconhece que quem faz do limão limonada vive mais leve e com um sorriso no rosto, ou vários deles, sempre que possível. E ai? Vai de limão, laranja, chá, chuva ou chuvisco?








sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Conserta-se em prol do mundo: heal the world

Ela acredita ser parecida com a dialética.
Se estiver errada, críticas são bem-vindas, desde que embasadas.
No mais, elas corrigirão (dependendo do corrigir considerado).



 "Ponta de areia
Ponto final
Da Bahia-Minas
Estrada natural

Que ligava Minas
Ao porto ao mar
Caminho de ferro
Mandaram arrancar

Velho maquinista
Com seu boné
Lembra do povo alegre
Que vinha cortejar


Maria Fumaça
Não canta mais
Para moças
Flores janelas
E quintais"

Ps.1: Vestindo a camisa (literalmente) e honrando-a, da melhor forma possível.


Ps.2: Ao som de Esperanza Spalding, por gentileza. Ao vivo e a cores, de preferência... Se possível.