sexta-feira, 18 de julho de 2014

Flor de açúcar

Entre um gole e outro de seu chá predileto ela refletia. E sabia que, por mais que não quisesse, aquela flor de açúcar parecia se despedaçar. Talvez por luz, água ou solidão. Talvez a água fosse pouca, talvez muita. Ela apostava na segunda opção. Era cuidado demais para pouca pétala. Poucas, coloridas e sedosas, despediam-se... pétala por pétala, enquanto ela tentava rearranjar as flores naquele jardim de ensaios, anseios, receios, noites mal dormidas, refeições esquecidas. Naquele arranjo, ela ia perdendo a fome, as expectativas, as lembranças, as poucas esperanças e os acordes que restavam.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pela contribuição!