- O mundo é como um gato andando com olhar blasé.
Então, ela respondeu: - Eu, Clara, não vejo o mundo assim, acho que vejo mais com meu próprio brilho no olhar.
Então, ela respondeu: - Eu, Clara, não vejo o mundo assim, acho que vejo mais com meu próprio brilho no olhar.
Na continuação, ele buscou esclarecer.
- Eu estou falando das pessoas.
- Eu sei, ela disse. Mas fale por você, pela sua visão de mundo, não pela dos outros.
Ela reconhecia nele muitas qualidades, inclusive percebia o quanto a presença dele nos últimos anos tinha modificado parte dela, positivamente, mas era isso. Sobre o mundo, tinham olhares distintos, às vezes, mas cada um respeitava isso.
Ela gostava de aprender com ele, e das pequenas mudanças que os óculos dele tinham agregado aos dela. Com os chais e cafezinhos de cada dia, modificavam-se, entre filmes e refeições, ele no Sweet cafofo dele, na cafeteria, no pub ou em outros tantos lugares, em que, por vezes, esbarravam-se.
Ela no Home sweet home dela, acompanhada sempre por trilhas sonoras... Ambos modificavam-se ao ritmo de sucos e pratos de macarrão. Modificavam-se, embora mantivessem a essência. A dela, no caso, ainda mais colorida após o ingresso de Dudu no novo lar. Sim, o Eduardo (vulgo Duduzinho), seu mais fofo companheiro, seu tapetinho, seu novo dengo, seu Gatinho Manhoso, assim como na canção.
Ps.: "Há quem não veja a onda onde ela está e nada contra o rio. Todas as formas de se controlar alguém só trazem um amor vazio. Saber amar é saber deixar alguém te amar".