segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Ai de ti, bem-te-vi

Bem-te-vi
Na brisa
Em que, concisa e imprecisamente, te perdi.
Bem-te-vi
Belo, amarelo, construindo elos e castelos
De som.
Cantando porvires, amanhãs
Encantando as manhãs
Sonoras e sonolentas.
Bem-me-vi
Imersa em ti, ainda, ao acordar.
Ali, avistei flores, vislumbrei voos e pássaros.
Ali, estática fiquei
Ali, permaneci.
Aqui, em meu sono dorme, enorme
O que os sonhos se encarregam de cuidar
E aqui, ai de ti, de me lembrar que te esqueci
E aqui, ai de mim, de me esquecer
Que, outrora, bem-te-vi.